terça-feira, 14 de junho de 2011

Luiz Gonzaga: O Rei do Baião!

Oba, oba! E quem não conhece o nosso rei do baião, Luiz Gonzaga? Quem nunca escutou a música mais que maravilhosa  Asa Branca? Dentre outras músicas inspiradouras que nosso rei fez. O Brasil inteiro conhece as músicas do Luiz Gonzaga, aquele que expandiu a cultura do nordeste pelo Brasil para que as pessoas a reconhessecem! E o alge do sucesso do nosso rei foi justamente nos anos 40:


Luiz Gonzaga começou trabalhando como artista mambembe, passando o chapéu para arrecadar uns trocados. Pouco tempo depois, já havia se transformado numa das principais atrações da mídia mais importante da época, o rádio. Luiz Gonzaga foi, além de brilhante compositor, um hábil instrumentista, dotado de raro senso rítmico.

Apesar de ser o "rei do baião", Gonzaga não o inventou. Ele e seu principal parceiro, o cearense Humberto Teixeira, sistematizaram e popularizaram o ritmo de raiz nordestina, acertando em cheio na demanda nostálgica de uma massa de migrantes que havia fugido da aridez do sertão e escolhido viver em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, que então passavam por forte urbanização.


Nos anos 40, as ondas do rádio estavam repletas de sambas-canções e boleros com temática urbana, que quase sempre tratavam de histórias de amor. Quando Luiz Gonzaga chegou ao Rio, percebeu que o toque de sua sanfona, com seu ritmo marcado, era perfeito para animar festas e bailes. Mas, para o rádio, não serviam aqueles improvisos intermináveis de rodas de festas nordestinas. O que fazer? Trazer a batida, o estilo e a temática do baião para o formato da canção. Foi o que ele e Humberto Teixeira fizeram.


O Nordeste no rádio

O ritmo envolvente do estilo "forró pé-de-serra", com a simples e insuperável formação sanfona-zabumba-triângulo, convidava à dança, mesmo fora do período do carnaval. O sucesso desse tipo de música foi enorme, e começaram a surgir obras-primas como "Baião" (1946) , "Asa Branca" (1947) , "Qui nem jiló"  e "Paraíba" , ambas em 1950. Nesse mesmo ano, começou sua parceria com Zé Dantas, com "A Volta da Asa Branca" , "Cintura Fina"  e "Vozes da Seca" . O Nordeste chegava ao rádio para ficar.

Luiz Gonzaga e seu parceiro Humberto Teixeira desbravaram um novo caminho e, como se sabe, por onde passa um boi, passa uma boiada. Artistas comoGilberto GilCaetano Veloso e Alceu Valença, entre muitos outros, asseguraram a posse do novo território radiofônico, com sua obra muitas vezes inspirada na do mestre. Mestre não, rei. Afinal, Luiz Gonzaga foi, é e sempre será o "rei do baião".


By: Stefane

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